No rosto trazes as marcas que os anos deixaram... Vestígios do sol, do vento, da chuva... Das lágrimas que não caíram, das palavras contidas, dos sorrisos guardados...
Era assim naquele tempo.
Nas mãos, os rasgos do cabo da enxada, do suor que caiu nos dias duros do trabalho no campo, do guiar do gado até casa, da foice, da corda para tirar baldes de água do poço... Dos aconchegos retidos no coração, das festas que contiveste outrora, dos abraços que teimaste não dar...
E agora... Agora resta-te a lembrança do que foste e já não és... A dor amainou a mágoa... a ausência devolveu-te o amor...
Trouxe o melhor que há em ti: os teus abraços, as tuas histórias, a lágrima que cai, o teu sorriso, o olhar atento, as palavras doces...
Eterna velhice que te faz crescer ainda assim.
Bem hajas!
E o teu espelho? Qual foi?